29 de abril de 2025

Expresso Café Com Leite

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Havia um tempo de cadeiras na calçada. Era um tempo em que havia mais estrelas. Tempo em que as crianças brincavam sob a claraboia da lua. E o cachorro de casa era um grande personagem. E havia também o relógio na parede. Ele não media o tempo simplesmente: ele meditava o tempo!”

 

(Mário Quintana)

 

Fazer o quê? Tenho uma atração curiosa por coisas velhas. Admiro o retrô e possuo uma estranha saudade do passado. Não é nostalgia, mas gosto pelo antigo. 

 

 

Recentemente estive olhando alguns retratos antigos e é impressionante como eles têm o poder de eternizar momentos, cristalizar emoções e sentimentos que se projetam para muito além do papel. 

 

 

Enquanto foleava as fotos antigas, fui lembrando de tempo da história não tão longe em que ao anoitecer, quando era seguro carregar as cadeiras para fora, sentar e contar casos, enquanto as crianças corriam e brincavam. Nesse tempo, a sala de estar se chamava sala de visitas. E ali se recebia a família e os amigos e discutia-se o futuro do país, a saúde de cada conhecido e a formação dos filhos. As varandas, os jardins, os alpendres, eram lugares de encontros alegres, de festas, de amigos reunidos, de jogos e brincadeiras. 

 

 

Foi um tempo que passou e outros vieram em seu lugar. A humanidade evoluiu e se desenvolveu de uma maneira impensável para quem viveu naquele tempo. 

 

Bem-vindos a um tempo em que tudo que se pensa é possível! Bem-vindos de volta à calçada, à varanda, à sala de estar. Bem-vindos a um outro nível de amizades e relacionamentos. Com outro olhar, com outro alento, mas não menos importante, pois a vida é o agora. Ah… certamente não esquecerei de bater umas fotos. É para colocar no meu álbum de retratos da vida!

Autor: Tânia de Souza

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